E chorou depois de ler isso, porque sabia no final do trecho, ou na página seguinte, podia ouvir a meláncolia da despedida se aproximando.
E não, dessa vez não em espécie de pausa, ou até logo. Era uma ida, sem volta.
Aceitável a maneira da descrição, e diminuia o receio de saber que a hora do trem chegar, poderia de fato estar por vir.
Como boa porralouca, resolver fazer aquilo que achava mais digno antes disso. Andar dois ou três metros, ascender o cigarro pra nunca deixar de alimentar o gosto amargo de blues lento e café que existia na boca, olhar e procurar no céu os dois pontos mais fortes que criou, suspirar sutilmente a fumaça.
Não sabia, e nem queria ouvir o trem chegar, mais sabia e aceitava o fato de que ele estava pra vim. Sem tempo especifico, sem espera, sem desespero.
Continuava sentada, ouvindo seu pedantismo em forma de prazer etílico, melodrámatico, notório e até mesmo simples.
Desejava que quando pudesse ouvir e ver o trem vindo ao seu encontro, tivesse desfrutrado de tudo aquilo que soasse bom, e caisse em tentação a tudo aquilo que era ruim, mais por ser indiferente se arriscava a frustrar-se.
Andou os três metros outra vez, olhou pra trás pra ter certeza que realmente não via nada vindo no trilho que a seguia, seguiu sem medo, aceitando toda e qualquer surpresa que a esperava, nos próximos dois metros seguintes e desconhecidos.
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