Que sutilidade ao ouvir o barulho do outro lado, espera. Não respire, não se mexa, apenas sinta e ouça a ostilidade disso. Gritos agudos, tons estridentes, que encantador, é como se um imã puxasse todas as sensações pra lá. Seria uma falta de ligação com a realidade, ou o ápice do insano, o super ego descontrol, enlouquecido no meio de cotidianos e marmeladas usadas, vencidas.Como chegar lá, como ouvir o barulho de perto, e todas as intensidade que ele proporciona. Sim, além de suavizar os timpanos, deixa claro a suavidade na pele, no ser. Não há nada a ser descoberto aqui, a ultima e unica coisa que falta é saber como chegar lá, do outro lado.Talvez difícil, fácil, abstrato, mais lindo e curioso. Vai trazer a falta pra cá, mais as coisas passam, tudo se acomoda, feito sapato novo em pé velho.Mediocridade atoa, que absolutismo marcante. Pra ser livre, tu precisa de energia, e chega uma hora que ela acaba, e junto dela vai a liberdade, e vai você.Silêncio, muito silêncio desse lado, é do eco do outro lado que se precisa pra estar em paz. O resto, não convem.