quinta-feira, 4 de março de 2010



O espelho não deixa mais mentir. Roupas coloridas, ações inconsequentes eram um refugio de não sentir a idade chegando, bendito exagero nem tinha passado dos 20. Mas temia, tremia e sabia que nada mais podia ser planejado com brilho dos olhos, bonecas do colo e pés descalços até escurecer, dali pra frente só existia o ato de fazer, correr.
Dificil de aceitar que as rugas vão chegar, a pele vai cair, os amigos vão casar, procriar e o que tinha em mente continua sendo infantil. Viajar pelo mundo, conhecer estranhos, andar sob um mundo sintético, cristalino quase puro.
Nunca se entendeu porque os adultos ficavam tão sem comemoração em aniversário, mais agora berando o fim da puberdade começa a perceber claramente, que não é nem um pouco contente viver um ano após o outro.

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sutilidade entre a complexidade e a ambiguidade. ou um tiro no escuro (?)

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