Percebi que tenho escrito pouco, talvez porque esteja tudo bem, e a tristeza canaliza boas palavras, pensamentos e faz você ver as coisas com uma proximidade grotesca, quase dolorosa. Acabo de pousar na minha realidade e levar um susto enorme, as ruas mudaram, as pessoas mudaram, até a comida tem cheiro diferente, não dá para salientar lado negativo, está tudo como esperava estar.

Desde algum tempo as coisas que aconteceram eram previstas, as história que deixei de participar eram as que imaginava que ia acontecer, e me pergunto se esse mundo é tão notório e cômodo a ponto de não existir mais nenhum um tipo de surpresa ao meu parecer, talvez não precise de resposta alguma, só a dúvida existir já faz com que as coisas sejam menos impactantes no sentido de marasmo, que confuso.

Gosto de viajar, mas dessa vez algo foi diferente, talvez sejam as lindas almas que se encontraram com a minha, a companhia de um amor diário tão marcante, um cotidiano meio ajeitado conforme os imprevistos, ruas novas, rostos, gostos, risos, chuveiros, sorrisos. Desde o dia que o destino fora certo, sempre soube que seria mágico ir para aquela tribo cheio de vidas que se cruzam num emaranhado de imensas estradas, e escolhas.

Guardo histórias, frases, semblantes, e um aprendizado novo de que tratar um desconhecido bem é possível, e sim o velho ditado de que as aparências enganam vieram a mercê dos meus olhos e provaram que realmente é fato.

Eu poderia descrever cada fala, dia, história, pessoa que foi marcante para mim, prefiro carregar na minha memória cada euforia que pude presenciar e pensar que o destino reserva, exatamente, as pessoas que poderão de alguma forma fazer a diferença no teu caminho.