Chuva tem cheiro de infância, porque lembra aquela música do Toquinho. Mas fui na janela e acabo de descobrir que tem som de melancolia. Todo mundo espera que ela renove, escoe o desanimo, bem no fim acaba regando um bocado de coisas que não tem solução.Cansaço, imenso. Nem sono, nem repouso, são preciso novos ares, emoções, quem sabe paixões, mas da passageiras, já que ainda carrega aquela.
Anda sendo mais fácil, não, talvez menos doloroso agir da forma mais pessimista do mundo. Empurrando com a barriga as obrigações que perduram dia após dia.
Dava sim pra jogar tudo pro alto, afinal só se tem medo porque se tem algo a perder, ai lembra-se que não tem nada nesse sentido, e a única coisa que pode resolver tudo é perder-se.
Perde-se dentro de si, dentro do mundo, dentro do depois, dentro do amor. Modelar, sonhar, quanto tempo que o cheiro do café não soa interessante.
Falaram pra levantar, mais se manter em pé não tá fácil, ai você senta, chora, pede, deseja, todas as noites que se essa coisa que move tudo realmente existe, faça com que essa fase passa, ou que essa inquietude, acostume-se que nada pode mudar.
Sem necessidade de dizer, o nome do lugar aonde gostaria de estar agora, mas troca o canal, ascende um cigarro, esperando que o final do mesmo traga alguma resolução, até mesmo se for a ideia de dormir até o próximo feriado chegar.
Deixar estar, deixa ficar, deixar ser, deixa amar, vem pra cá, cuida de mim, cuida de ti, caminhos nos levem para algum lugar aonde o espírito possa atingir o ápice, ou ao menos sentir paz.
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