quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Bebidas, drogas, maços de cigarros, gente estranha, insanidades, choros, soluços, escritas, suores, peles, comidas, tudo isso são mecanismos que existem para se convencer de que acabou. As vezes funciona, outras atrapalham mais ainda.
E você descobre num dia qualquer que precisa viver com a dor da perca, e ir a fundo, seguir arduamente todas as 24 horas de cada dia que parecem não passar, e aprender a não tremer quando a pessoa fica online, e muito menos ver que a mensagem que chegou são dos seus amigos, ou da sua mãe!
E é preciso aceitar de que talvez nada do que você faça fará com que as coisas aconteçam novamente, você chora, toda vez que deita e ainda sabe que aquela era a sua pessoa, que aquele era o grande amor da sua vida.
E sim, deu certo, por algum tempo, e você vê fotos e lembra daqueles sorrisos que eram só de vocês, intimidades, lugares, pessoas, e dias, e quer de volta com todas as suas forças.
É o maior clichê da história, mas sim, a única coisa que pode fazer você fica bem outra vez é o tempo, que te fará esquecer da voz nítida da pessoa te dizendo 'eu te amo', que apresentará a suas narinas outros cheiros, que deixaram aquele que te fazia flutuar no fundo do baú.
Mesmo sabendo que hoje pode ser só mais um dia difícil, mesmo que todas as feridas cicatrizem, mesmo que toda a dor, e que as lágrimas parem de percorrer um caminho, o que mais te deixará mal é quando perceber que está deixando de acreditar que ainda pode continuar amando, e prefere se jogar, deixar pra lá!
São preciso meia dose de coragem, vinte tragadas de orgulho, e um mundo inteiro pra abraçar, e admitir o tempo todo que no futuro você estará com alguém que não é o amor da sua vida, e sim alguém que você aprendeu a amar porque está se sentindo sozinho e carente.
O tempo cura, mas leva, trás, muda, reforma, e se encarrega de não avisar qual será o próximo passo.






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sutilidade entre a complexidade e a ambiguidade. ou um tiro no escuro (?)

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