terça-feira, 24 de abril de 2012

Quantos 'queria que algo novo acontecesse' a gente não escuta por ai. Ai muda, de uma hora pra outra, o casamento termina, a chuva para, o cigarro apaga, o canal não passa mais aquele programa que gosta no horário compatível, os amigos se mudam, alguém cai e se machuca, o relógio gira, a comida esfria, a vontade passa.
Como parte do processo, começamos a nos vasculhar, a procurar um chão, um ar, alguma coisa que faça tudo parecer tranquilo, sabe porque? a gente quer mudança, mas a gente esquece de que não é tão fácil assim acostumar-se com o novo.
Alguns encontram, outros fingem não se importarem, e há os dramáticos, dos quais faço parte, que choram, gritam, bebem, e não se perdoam pelo fato de não estarem prontos para aquilo.
Mas no meio de todo o breu, de toda a melancolia, sempre se dá um jeito, as vezes torto, de encontrar uma força que nem ao menos você sabe que possuía, aquela que te move, que te faz querer sonhar outra vez, que faz com que o sol ilumine todos os pensamentos formados, antes de dormir.
A música continua tocando, a fome sempre bate, e mistura com a sede a saudades daquilo que foi bom, e vai se indo, dia após dia, pra perto do abismo, ou pra perto do céu.

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sutilidade entre a complexidade e a ambiguidade. ou um tiro no escuro (?)

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